segunda-feira, 29 de julho de 2013

Meu problema alimentar:

Sempre fui uma criança problemática em relação a comida. Não mamei quando era bebê, nem no peito e nem na mamadeira. A minha avó paterna (minha mãe de verdade), que sempre cuidou de mim sofria horrores com isso. Pelo menos de 20 em 20 minutos ela fazia alguma coisa pra ver se eu comia. Era vitamina, mingau, batata amassada, tudo que você pode imaginar, mas eu não comia. Ela chegava a me dar as coisas no conta gotas. Meu avô chegou a falar um dia que eu não ia escapar. Eu era um neném muito feio e magrinho hahaha.

Finalmente minha vó achou uma coisa que eu gostei: Danoninho. Era só isso, mais nada hahaha. Ela chegava a tirar ele da embalagem e colocar arroz, misturar com leite pra eu comer.

Fui crescendo e me alimentando um pouquinho melhor, já comia cebola, miojo, camarão e MC Donald´s (que tanto eim hahahaha). Só que eu sempre tive facilidade para vomitar. Às vezes era comer e já voltava tudo.

Na adolescência eu sempre tive muita dor de cabeça e passava muito mal com quase tudo que comia. Tinha dores de cabeças horrorosas, diarreia e vômitos.

Quando eu tinha por volta de 20 anos comecei a ganhar peso, mas não era pela minha alimentação, nunca fui de comer muita besteira e eu era a que menos comia na minha casa. Meu pai um dia foi numa nutricionista para rever a alimentação e ela pediu para ele fazer um exame de intolerância a lactose. O resultado foi positivo e ela me orientou a fazer também, já que é genético. Dito e feito: positivo. Sabe quando tudo vem a tona e você pensa: é isso então. Foi um alívio, mas também foi um desespero, sempre odiei leite puro, mas tudo que tem leite é tão gostoso (strogonoff, chocolate, bolo, pães, molho branco).

O que é a intolerância:

Intolerância à Lactose é o termo utilizado para pessoas que não conseguem digerir produtos lácteos (leite e seus derivados). Esta impossibilidade de digestão geralmente ocorre em pessoas que não produzem a enzima lactase ou produzem-na em quantidade insuficiente para realizar a digestão da lactose (açúcar do leite).


No começo eu nem liguei muito, comprei a enzima que faz a quebra da lactose e continuei comendo tudo que eu comia antes. Mas aí meu peso continuava acima e eu me sentia extremante inchada, meu pé parecia um pãozinho de sal no final do dia e minha barriga parecia de grávida. Me sentia toda inchada e mal, sem disposição e cansada. Teve um dia que até fiquei sem ar e senti a minha garganta fechando.

Finalmente resolvi aceitar a minha situação hahaha e me comprometer a mudar de vez a minha alimentação. O médico que eu fui uma vez me falou que eu estava envenenando o meu corpo todos os dias e que um dia eu podia ter um colapso. Pesquisei muito sobre o assunto, procurei uma nutricionista pra me ajudar a substituir os alimentos e tirei lá do fundo do coração a força de vontade.

Não é fácil, não é legal, as coisas a base de soja ou sem a lactose não são muito boas, com raras exceções. Mas acabei me acostumando e quase não como mais derivado do leite de vaca. Só de vez em quando que como o strogonoff de carne da minha vó (o melhor do mundo) ou uma sobremesa. E também é chato quando você vai em uma festa que não é de família ou em aniversários. A solução é comer antes e resistir bravamente as coisas “proibidas”.


Vou mostrar alguns produtinhos que eu compro e gosto:


Essa é a enzima que eu tomo. Compro nos Estados Unidos porque aqui a caixa é por volta de 80 reais e lá é uns 10 dólares.







Adoro o queijo cottage! Achei esse no Supermercado Super Nosso. É ótimo e não perde nada em sabor pra qualquer outro. 






Sou completamente apaixonada pelos chocolates dessa marca. São uma delícia. Compro na Drogaria Araújo. Adoro o tradicional e o crocante.





Agora tem uma marca que chama BH Sem Glúten e tem muitas coisas sem lactose também. Compro o pão de forma que não tem os dois. Olha não é igual ao pão de forma "normal", mas depois de um tempo acabei gostando.
Já experimentei a massa pra mini pizza, coxinha de frango, lasanha e empada de frango. Gostei de tudo!!






Minha nova paixão é o yogurt da Danúbio. Amei o de morando, parece o meu amado Danoninho. 







Eu sou completamente apaixonada pela marca Good Soy. Até hoje não comi nada que não seja gostoso. Algumas coisas contém lactose, então tem que ficar de olho. O brownie deles tem sido a minha sobremesa preferida.








Realmente depois que começa a evitar a lactose a sua vida muda pra bem melhor. Não passo mais mal, me sinto mais disposta e de quebra perdi 8 quilos. E realmente não me sinto bem na maioria das vezes que eu dou uma escapadinha, mas de vez em quando vale a pena hahahahahahaha

Espero que eu tenho ajudado ao contar a minha experiência. Ah eu fiz o exame no Laboratório Hermes Pardini, dura umas 5 horas no máximo. Você toma um líquido cheio de lactase e eles vão tirando o seu sangue para medir não sei o que de hora em hora...


Se você tem..pode preparar, achei que ia morrer. Passei mal horrores..


Mas pelo menos descobri o que tenho e estou me sentindo muito melhor.





quinta-feira, 25 de julho de 2013

Adote um amigo!

Um dia na porta da empresa que eu trabalho apareceu uma filhotinha de gato muito pequeninha, ela estava com muito medo e correndo entre os carros. Foi uma comoção geral e várias pessoas ficaram por horas tentando pegar ela. Acabou que conseguimos, mas aí não tinha casa pra ela ficar. Na época eu estava morando em um hotel até a minha casa ficar pronta. Liguei pra minha vó desesperada e aceitou na hora ficar com ela.


A minha bisavó ficou doidinha quando viu a filhotinha e falou: ela vai chamar Mimi. Ficava com ela no colo o tempo todo, as duas ficavam vendo televisão até que a Mimi apagava no colo dela. Só que a minha vó já tinha dois cachorrinhos dentro do apartamento e resolveu levar o gatinho pro sítio. Ela falou: a Mimi fica lá até você mudar e eu trago ela de volta (eu estava apaixonada por ela, ia todos os dias a noite visitar hahaha). Mas quem disse que a Mimi entrava no carro pra voltar? Aprontou um escândalo, mas também que não gosta de um verde, sombra e água fresca? Achei egoísmo da minha parte insistir, lá ela tinha espaço a vontade e estava sendo super bem cuidada. Hoje minha filha virou vovó, teve quatro coisinhas lindas!


Depois disso resolvi uma coisa na minha vida: ajudar animais abandonados. Adoro cães e gatos da mesma maneira, mas sempre senti um preconceito muito grande em relação aos gatos, então tenho me focado bastante neles.

Eu sempre quis ter um gatinho e meu pai nunca gostou de bicho em casa. Quando mudei, fui morar sozinha. Coloquei no Facebook que estava procurando um filhote para adotar. Acabei ganhando um filhote de um amigo, a Mia (Miroslava), uma gatinha persa de 4 meses.
Sou completamente apaixonada pelos meus olhos azuis. Ela é super carinhosa, inteligente e na dela. Adora ficar quietinha, deitada nas minhas roupas (imagina as pretas hahaha) ou no sofá.


Certa madrugada fui cobrir uma blitz da Lei Seca que estava acontecendo na Antônio Carlos, em frente a Universidade Federal de Minas Gerais. Lá tem uma mata enorme e sempre ouvi falar que era lotada de gatos. Lá pelas tantas da madrugada, escutei um miadinho fofo e vi um gatinho tentando sair da cerca. Não mais que de repente ele já estava enroscado no meu pé e me olhando fixamente, tipo assim: quero carinho. Quem disse que eu resisti? Levei ele pra casa na hora.

Mais uma vez liguei pra minha vó e falei: mais um. Aí que ela me falou umas das coisas mais lindas do mundo: pode trazer todos os animais abandonados que você achar e falou que tinha orgulho do que eu estava fazendo. Coloquei o nome dele de John, levei no veterinário e vacinei. Meu coração estava em pedaços quando ele foi embora. Ele ficou uma semana na minha casa, dormia abraçado comigo e ficava atrás de mim o tempo todo. Mas o meu coração encheu de alegria quando ele viu o pasto e saiu correndo, todo alegre. O caseiro diz que vê ele correndo entre os bois, cavalos e no meio do mato.

A minha outra gatinha que tenho em casa, a Lolita (Lola), apareceu na casa de um amigo. Ele já tinha vários cachorros e não tinha como ficar com ela. Só que ele já estava apaixonado pela Lolinha e falou comigo: só dou se for para você, sei que ela vai ser bem cuidada. Aceitei na hora. Eu não sei quantos meses a Lola tinha na época, mas ela era bem pequena e estava muito magrinha. No primeiro dia que ela ficou lá em casa eu já apaixonei. Ela é uma fofa, carinhosa e brincalhona. As minhas duas lindinhas se deram super bem e ficam o dia todo juntas.







Depois do John apareceram outras coisinhas lindas na minha vida: teve uma cadelinha maltes que pariu três filhotes e o dono não queria, dois amigos adotaram e eu acabei ficando com um até achar uma casa pra ele. Não gosto de ter cachorro em casa porque quase não ficou lá e eles são muito dependentes, sofrem. No dia seguinte uma outra colega de trabalho acabou ficando com ela. Teve também uma gatinha que foi adotada da rua e acabou tendo quatro filhotes um mês depois, a pessoa que adotou e eu já conseguimos doar dois deles. Tiverem outros e espero que tenham muitos mais.

Meu sonho é ter uma casa bem grande, onde eu possa deixar os animais abandonados até eles serem vacinados, reabilitados (se necessário) e castrados. As pessoas teriam que assinar um termo de responsabilidade de adoção e prometer muito amor. 


Estou aberta a ajudar qualquer animalzinho que precisar!!! Pode entrar em contato comigo... 




terça-feira, 23 de julho de 2013



O Itatiaia Patrulha:

SEMPRE que as pessoas ficam sabendo que trabalho na produção de um programa da editoria policial ficam horrorizadas. Vou explicar um pouquinho de como é a produção do programa que faço. Quero desmistificar que é só tragédia, tiros, sangue e mortes.

O programa chama Itatiaia Patrulha. Ele é transmitido pela Rádio Itatiaia (95,7 FM/ 610 AM, site: www.itatiaia.com.br). O Patrulha começa às 17:05 e vai até às 17:55, de segunda-feira a sábado. É o líder de audiência da empresa e ela cada dia aumenta mais.

O produtor chega uma hora da tarde, mas sempre tem repórter especifico para matérias de polícia durante a madrugada, manhã, tarde e noite. Fora que se tem mais de uma ocorrência e é grave, os repórteres que fazem outros tipos de matérias são deslocados para cobrir o ocorrido.

A primeira coisa que o produtor tem que fazer é entrar no site da Polícia Militar. Lá tem um link para a sala de imprensa. Os assessores da Polícia colocam as ocorrências que estão acontecendo no momento. Elas são separadas por tipo e eles descrevem o crime ocorrido, geralmente também tem o contato do policial que está no local. Só membros da imprensa cadastrados tem acesso ao portal, é necessário login e senha. Existe também um telefone para ligar para saber das ocorrências, porque as vezes o repórter está na rua, fora do horário dos produtores dos programas e precisa de mais informações.

O contato entre o repórter e o produtor é fundamental. Um sempre passa informação para o outro o tempo todo. A intenção dos dois é a mesma: uma matéria de qualidade. Todos os nossos repórteres são ótimos e muito competentes. Não me preocupo em nenhum momento de não ter matéria ou com a qualidade dela.

Temos oficialmente um repórter de madrugada, um para manhã, dois na parte de tarde, sendo que um continua até a noite. Geralmente tem mais de uma ocorrência acontecendo e cabe ao produtor, junto com a coordenação do jornalismo, o apresentador e o repórter avaliar qual é a “mais importante”. Só que é uma decisão muito delicada, um crime sempre é relevante. Somos obrigados a apelar aos critérios de noticiabilidade do jornalismo (ex: número de pessoas envolvidas), pedir para outro repórter deslocar para a polícia ou até mesmo acontece de o produtor ter que ir cobrir. Já fui, gostei, mas realmente não sei ainda se reportagem é a minha praia.

As matérias produzidas com o tema policial não são de exclusiva veiculação do Itatiaia Patrulha, podem entrar em outros programas da programação também. Mas como é um programa exclusivamente policial (menos se tiver alguma coisa muito importante acontecendo) os outros produtores deixam pra gente.

Fazemos um script para cada programa, colocamos a data, nome do produtor, nome do apresentador e as matérias. Numeramos elas por ordem em que vão entrar, colocamos o nome do repórter que fez, o título da matéria, o tempo que ela tem e um pequeno resumo do ocorrido. Muitas vezes a ordem muda! Tudo muda (desesperador, mas emocionante hahaha).

Nós mesmos produtores editamos as matérias dos nossos programas. As matérias de polícia são mais complicadas na hora da edição. Por exemplo, de acordo com o Estatuto da Criança, o ECA, não podemos divulgar o nome de menores que cometem delitos (sim, eles não cometem crimes, tem que falar delito) e temos que distorcer as vozes (modificar para eles não serem identificados). Temos muito cuidados com pessoas que são abusadas sexualmente, querem denunciar algum crime, SEMPRE omitimos o nome e distorcemos as vozes também.

Outra coisa fundamental: escutar TODOS os lados. Escutamos a vítima, testemunhas, o policial ou delegado responsável pelo caso, o suspeito (sim, eles são sempre suspeitos até que sejam julgados e condenados). Resumindo, todos os envolvidos no caso, sempre de maneira justa e sem julgar.

As matérias variam no tamanho, mas tem no máximo 6 minutos. A quantidade também varia no dia, mas entram de 4 a 5 em um programa.

O nosso apresentador é o Laudívio Carvalho. Pretendo fazer um post exclusivo sobre ele. Sou completamente apaixonada por ele como pessoa e profissional. Temos uma ligação muito bacana e ele é muito fácil de lidar, além de estar disponível para tudo que você precisar.

Eu adoro essa área, amo de paixão. É uma coisa que me empolga. Eu sei que você deve ta me achando uma louca psicopata. O mundo policial não se baseia somente em sangue. Quando colocamos um crime no ar, queremos mostrar para a população a realidade, que está assustadora. Todos os dias são milhares de pessoas assassinadas, famílias despedaçadas por causa das drogas, os jovens cada vez mais cedo entrando no mundo do crime. A intenção é cobrar uma solução das autoridades e uma maior conscientização das pessoas sobre o que ta acontecendo. Não fique ai achando que isso não vai acontecer com você, qualquer um está sujeito a ser vítima a qualquer hora e em qualquer lugar.

Outro ponto muito bacana que o programa proporciona é ajudar as pessoas. Já cansamos de colocar dependentes de drogas que querem ajuda para tratamento e conseguimos, cobramos respostas sobre crimes e conseguimos. Isso dá alegria no coração, sentimento de dever cumprido e força para continuar lutando.

Espero que tenham entendido pelo menos um pouco de como funciona a produção. É muito dinâmica e tudo muda a todo segundo. Cada dia é um novo desafio e adoro isso. Tem dias que eu choro com o que acontece, mas tento não me deixar abalar, eu quero lutar por um mundo melhor.  Existem casos que nunca vão sair da minha cabeça, mas eles me inspiram a todo mundo e não me deixam esquecer que essa é uma luta de todo nós, que ainda tem muito a ser feito e eu vou fazer.

segunda-feira, 22 de julho de 2013


Vou contar como escolhi ser jornalista e um pouco sobre a minha carreira profissional:

Quando era pequena não lembro de pensar muito do que eu queria ser quando crescer. Durante o ensino médio que realmente veio a pressão da escola para escolher um curso. No primeiro dia que a escola falou sobre isso com a gente eu pensei: jornalista! Mas tive uma professora muito boa de história, a Helga, que me inspirava muito. Sempre gostei da matéria e ia muito bem, pensei em fazer o curso, mas aí ela me falou que depois que você forma as oportunidades não são tão boas (como se jornalismo fosse né? Hahaha), você vira professor ou pesquisador. Pensei bem e não me via como nenhum dos dois.

Conversei com algumas pessoas e optei mesmo pela Comunicação Social - Jornalismo. Meu avô tem uma Rádio em Minas Gerais, a Itatiaia e isso pesou muito também.

Sinceramente? Foi a melhor escolha que eu já fiz na minha vida. Amo a minha profissão! Sinto prazer em trabalhar, não importa se já passou do horário, se é final de semana, se você toma bomba de efeito moral, é ameaçado por bandidos. AMO e acho que não faria outra coisa na minha vida.

Eu formei na Universidade FUMEC em dezembro de 2012. Fiz vestibular em duas outras também, a UNA e o UNI-BH, escolhei a FUMEC por ser próximo de onde eu morava, nada de especial. Tirando alguns professores, achei o curso meio fraco.

No primeiro período do curso eu já estava surtada para fazer estágio. Acabou que fui convidada pelo João Vítor Xavier , que na época era vereador de Belo Horizonte para ser estagiária no gabinete dele. No começo eu fiquei completamente perdida, tinha acabado de entrar na faculdade e não sabia fazer nada. O pessoal foi muito bacana comigo e devo muito a todos eles o que me tornei, o que sei. Fiquei lá mais ou menos 2 anos. Fiz várias funções: acompanhava as redes sociais, escrevia para o jornal e para o site institucionais, acompanha o João nos eventos. Nunca tinha pensando em trabalhar com política, mas acabei gostando da área, ajudar as pessoas é uma das coisas que eu mais gosto de fazer.


O meu pai sempre faz a parte técnica e a coordenação da equipe da Itatiaia em eventos grandes, principalmente relacionados a futebol. Em 2010 acabei convencendo ele a me levar para a Copa do Mundo na África do Sul. Eu sempre adorei futebol e pensava em seguir nessa área. Fiquei por quase dois meses em Johannesburgo e amei a experiência. Tive a opotunidade de conviver com os melhores profissionais do segmento de todo o mundo. Continuei amando futebol, mas vi que não era muito a minha praia para trabalhar.

O João Vítor resolveu se candidatar a Deputado Estadual para poder fazer mais pelas pessoas, vereador fica muito limitado a cidade e ele queria expandir a sua área de atuação para toda Minas Gerais. Trabalhei durante toda a campanha dele. Ele acabou ganhando e fomos para a Assembleia Legislativa.

A minha função na Assembleia continuou a mesma no começo, mas aí surgiu a oportunidade de eu escrever os ofícios de solicitações dos pedidos da população. Gostei muito dessa função. Mais uma oportunidade de ajudar a população e dessa vez tinha contato direto com as pessoas e com os problemas.

Fiquei seis meses na Assembleia e resolvi buscar novos desafios. Todo mundo sempre me falava: vai pra Rádio Itatiaia, lá é uma escola, você pode aprender tudo, passar por todas as áreas, experimentar, errar. Eu não queria ser vista como aquela pessoa que vai trabalhar na empresa da família e que não trilha o seu próprio futuro. Sempre tive medo de ficar acomodada e não ser desafiada. Fui conversar com o Diretor de Jornalismo da empresa e acabei aceitando entrar para a Rádio.

A minha primeira função foi ser assistente da Produção do Jornal da Itatiaia. Eu tinha que marcar as entrevistas do dia seguinte, apurar as denúncias/reclamações. Fiquei cerca de um ano. Gostei muito, você fica sabendo de tudo antes, fica super bem informado e tem a oportunidade de exercitar a sua criatividade.

No final do ano passado, a produtora do programa de polícia, o Itatiaia Patrulha estava saindo da empresa e me ofereceram a vaga. Eu semprei amei a área policial e adorei a oportunidade. Gente, no começo eu achei que não ia dar conta e fiquei apavorada. Programa policial é completamente dinâmico e tudo muda a cada segundo. Eu gosto de tudo certinho e de rotina, ou gostava né hahaha. Esse programa é o único que você não tem como você produzir por completo antes e ficar tranquilo, não se programa crime né?! Mas eu amo, penso até em seguir nesse segmento.

Durante todo esse tempo que eu fiquei como estagiária na Itatiaia não era contratada. Em abril desse ano eles me efetivaram com a função de Repórter. Vou ser bem sincera, sou muito tímida e acho minha voz terrível. O apresentador do meu programa sempre me pedia para falar no ar e sempre resisti. Duas semanas atrás surgiu a oportunidade de eu ir para a África do Sul para cobrir a situação da doença do Nelson Mandela. Eu estava em pânico, morrendo de medo, mesmo assim resolvi dar a minha cara a tapa e tentar. No dia que eu cheguei a noticiarista me mandou um recado falando que queria um boletim. Pensei: agora é a hora da verdade. Fiz meu texto, me tranquei no quarto, gravei 3 vezes e mandei. Não editei, não escutei e mandei pra ela: escolhe o que ficou menos pior e edita. Criei coragem e escutei ao vivo. Me senti péssima e achei que não tinha ficado bom. Mas quer saber? Não podia perder essa oportunidade! Gravei boletins para todos os dias e até me arrisquei em matérias especiais. Todo mundo diz que gostou, mas acho que falta mais segurança  e experiência.

Não sei ainda o que vou fazer, que área vou seguir, se vou virar mesmo repórter....a única coisa que eu sei é que estou aberta para tudo, tentar de tudo, não tenho mais medo de errar e de críticas. O que eu quero de verdade é poder fazer alguma diferença no mundo através da minha profissão e das minhas atitudes!
Meu nome é Ana Cecília Alkimim Baliza Carneiro, geralmente me chamam de Ciça ou Ana. Tenho 23 anos e sou formada em jornalismo.

Atualmente trabalho na Rádio Itatiaia, a maior rádio de Minas Gerais. Sou produtora do Itatiaia Patrulha, programa policial (área que eu sou apaixonada).

Resolvi criar um blog para escrever coisas da atualidade, pensamentos, dicas do que eu gosto. Quero que seja um espaço para reflexão, discussão e diversão.

Estou totalmente aberta para sugestões, crítica, elogios..

Um abraço!