segunda-feira, 22 de julho de 2013


Vou contar como escolhi ser jornalista e um pouco sobre a minha carreira profissional:

Quando era pequena não lembro de pensar muito do que eu queria ser quando crescer. Durante o ensino médio que realmente veio a pressão da escola para escolher um curso. No primeiro dia que a escola falou sobre isso com a gente eu pensei: jornalista! Mas tive uma professora muito boa de história, a Helga, que me inspirava muito. Sempre gostei da matéria e ia muito bem, pensei em fazer o curso, mas aí ela me falou que depois que você forma as oportunidades não são tão boas (como se jornalismo fosse né? Hahaha), você vira professor ou pesquisador. Pensei bem e não me via como nenhum dos dois.

Conversei com algumas pessoas e optei mesmo pela Comunicação Social - Jornalismo. Meu avô tem uma Rádio em Minas Gerais, a Itatiaia e isso pesou muito também.

Sinceramente? Foi a melhor escolha que eu já fiz na minha vida. Amo a minha profissão! Sinto prazer em trabalhar, não importa se já passou do horário, se é final de semana, se você toma bomba de efeito moral, é ameaçado por bandidos. AMO e acho que não faria outra coisa na minha vida.

Eu formei na Universidade FUMEC em dezembro de 2012. Fiz vestibular em duas outras também, a UNA e o UNI-BH, escolhei a FUMEC por ser próximo de onde eu morava, nada de especial. Tirando alguns professores, achei o curso meio fraco.

No primeiro período do curso eu já estava surtada para fazer estágio. Acabou que fui convidada pelo João Vítor Xavier , que na época era vereador de Belo Horizonte para ser estagiária no gabinete dele. No começo eu fiquei completamente perdida, tinha acabado de entrar na faculdade e não sabia fazer nada. O pessoal foi muito bacana comigo e devo muito a todos eles o que me tornei, o que sei. Fiquei lá mais ou menos 2 anos. Fiz várias funções: acompanhava as redes sociais, escrevia para o jornal e para o site institucionais, acompanha o João nos eventos. Nunca tinha pensando em trabalhar com política, mas acabei gostando da área, ajudar as pessoas é uma das coisas que eu mais gosto de fazer.


O meu pai sempre faz a parte técnica e a coordenação da equipe da Itatiaia em eventos grandes, principalmente relacionados a futebol. Em 2010 acabei convencendo ele a me levar para a Copa do Mundo na África do Sul. Eu sempre adorei futebol e pensava em seguir nessa área. Fiquei por quase dois meses em Johannesburgo e amei a experiência. Tive a opotunidade de conviver com os melhores profissionais do segmento de todo o mundo. Continuei amando futebol, mas vi que não era muito a minha praia para trabalhar.

O João Vítor resolveu se candidatar a Deputado Estadual para poder fazer mais pelas pessoas, vereador fica muito limitado a cidade e ele queria expandir a sua área de atuação para toda Minas Gerais. Trabalhei durante toda a campanha dele. Ele acabou ganhando e fomos para a Assembleia Legislativa.

A minha função na Assembleia continuou a mesma no começo, mas aí surgiu a oportunidade de eu escrever os ofícios de solicitações dos pedidos da população. Gostei muito dessa função. Mais uma oportunidade de ajudar a população e dessa vez tinha contato direto com as pessoas e com os problemas.

Fiquei seis meses na Assembleia e resolvi buscar novos desafios. Todo mundo sempre me falava: vai pra Rádio Itatiaia, lá é uma escola, você pode aprender tudo, passar por todas as áreas, experimentar, errar. Eu não queria ser vista como aquela pessoa que vai trabalhar na empresa da família e que não trilha o seu próprio futuro. Sempre tive medo de ficar acomodada e não ser desafiada. Fui conversar com o Diretor de Jornalismo da empresa e acabei aceitando entrar para a Rádio.

A minha primeira função foi ser assistente da Produção do Jornal da Itatiaia. Eu tinha que marcar as entrevistas do dia seguinte, apurar as denúncias/reclamações. Fiquei cerca de um ano. Gostei muito, você fica sabendo de tudo antes, fica super bem informado e tem a oportunidade de exercitar a sua criatividade.

No final do ano passado, a produtora do programa de polícia, o Itatiaia Patrulha estava saindo da empresa e me ofereceram a vaga. Eu semprei amei a área policial e adorei a oportunidade. Gente, no começo eu achei que não ia dar conta e fiquei apavorada. Programa policial é completamente dinâmico e tudo muda a cada segundo. Eu gosto de tudo certinho e de rotina, ou gostava né hahaha. Esse programa é o único que você não tem como você produzir por completo antes e ficar tranquilo, não se programa crime né?! Mas eu amo, penso até em seguir nesse segmento.

Durante todo esse tempo que eu fiquei como estagiária na Itatiaia não era contratada. Em abril desse ano eles me efetivaram com a função de Repórter. Vou ser bem sincera, sou muito tímida e acho minha voz terrível. O apresentador do meu programa sempre me pedia para falar no ar e sempre resisti. Duas semanas atrás surgiu a oportunidade de eu ir para a África do Sul para cobrir a situação da doença do Nelson Mandela. Eu estava em pânico, morrendo de medo, mesmo assim resolvi dar a minha cara a tapa e tentar. No dia que eu cheguei a noticiarista me mandou um recado falando que queria um boletim. Pensei: agora é a hora da verdade. Fiz meu texto, me tranquei no quarto, gravei 3 vezes e mandei. Não editei, não escutei e mandei pra ela: escolhe o que ficou menos pior e edita. Criei coragem e escutei ao vivo. Me senti péssima e achei que não tinha ficado bom. Mas quer saber? Não podia perder essa oportunidade! Gravei boletins para todos os dias e até me arrisquei em matérias especiais. Todo mundo diz que gostou, mas acho que falta mais segurança  e experiência.

Não sei ainda o que vou fazer, que área vou seguir, se vou virar mesmo repórter....a única coisa que eu sei é que estou aberta para tudo, tentar de tudo, não tenho mais medo de errar e de críticas. O que eu quero de verdade é poder fazer alguma diferença no mundo através da minha profissão e das minhas atitudes!

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